Como equilibrar o uso de telas pelas crianças?
- Raquel Lhullier
- 12 de mar. de 2024
- 2 min de leitura

Quando falamos sobre o uso de telas e crianças, precisamos pensar se existem benefícios e a que idade estamos nos referindo. Os pais ou responsáveis pela criança têm um papel importante em garantir que o uso das telas seja saudável e equilibrado.
Pode até ser que as telas tenham benefícios, como ferramentas educacionais, diversão ou para manter contato com parentes distantes. Mas também podem trazer inúmeros problemas, como atrapalhar o sono, a hora das refeições ou serem usadas como válvula de escape emocional.
Quando pensamos nas idades, é importante levar em conta as recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) em conformidade com a Academia Americana de Pediatria (AAP): deve-se evitar o uso de telas antes dos dois anos de idade. Dos dois aos cinco anos, a exposição deve ser de no máximo uma hora por dia, com supervisão dos responsáveis. Dos seis aos dez anos de idade, no máximo duas horas por dia.
Precisamos criar uma cultura de uso consciente e responsável, tanto para as crianças quanto para nós mesmos, aqui estão algumas orientações iniciais:
Estabelecer regras claras: Defina horários específicos para o uso das telas e momentos em que elas devem ser desligadas, como durante as refeições e antes de dormir. Essa regra vale para todos, e é importante construir isso junto com a criança, em um clima de colaboração e comunicação aberta. A construção precisa envolver quais tipos de conteúdo são permitidos e quais devem ser evitados, pois precisam ser conteúdos adequados a sua faixa etária.
Ajudar a construir a consciência crítica: Precisamos conversar com as crianças sobre os riscos e benefícios do uso excessivo de telas, com espaço para escutar as suas opiniões. Estar próximos delas e ajudá-las a reconhecer e discriminar que nem tudo o que é bom faz bem e que todo o excesso é prejudicial.
Monitorar: É importante estarmos atentos aos conteúdos que as crianças estão acessando nas telas, verificar o que estão fazendo online e com quem estão interagindo. Monitorar é diferente de vigiar ou controlar e é possível construir desde cedo este hábito do monitoramento como forma de cuidado com os filhos.
Ser modelo: somos os exemplos para os nossos filhos. O nosso comportamento diante do uso de telas vai ser naturalmente copiado pelas crianças Elas precisam de modelos coerentes, que transmitam segurança e credibilidade. Podemos ajudá-las a encontrar outras formas de diversão e interação social além das telas.
Publicado no Diário Popular (Pelotas RS) Agosto 2023
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